sábado, fevereiro 24, 2007

E mais um mês se findando, mais reboliços se aperfeiçoando, mais mundo girando e mais tédio pegando.

Sei que vou parecer redundante, mas odeio essas novas gerações e o caminho pelo qual está levando Porto Alegre.
Não sei se é aquele velho esquema de idealizar o passado e alterá-lo para parecer tão melhor, ou se é a velha coisa de lembrar como via outras épocas da vida (que, sem nenhuma responsabilidade, padrão, coerencia ou noção, tudo parece melhor sempre!).

O Alan reclama que eu gasto demais. Que quando saio, eu gasto demais. Que quando bebo, gasto demais. Que quando compro... bem, eu gasto demais!

Agora vendo, vejo a possibilidade das coisas serem assim é a questão de sair dos limites que hoje, mulher feita (ou faz de conta que), vivida e quase séria, acabei por colocar-me numa caixa (de acrílico, ultra fashion, mas uma caixa) de vida. A tão temida rotina que não se estabiliza, e que só quando a teoria de virar uma mulher se concretizar que ela vai se acentar.
Muitos me acham sem limites, incoerente, incongruente... não, nada disso. Na verdade, sou extremamente calculista, mas meio extravasada desde sempre. Sempre fui boa em matemática, mas a minha visão nunca foi pelo óbvio, então, nesse caso, para muitas pessoas, sim, 2+2=5 se tratando de Kika.

Não sei se é Porto Alegre. Não sei se é a idade. Não sei se é a internet. Mas hoje as pessoas estão mais sozinhas, e só confiam em pessoas que são apresentadas_ mesmo que por pessoas chatas, mentirosas ou problemáticas. Isso, pra mim, chega a ser uma auto-sabotagem, pois outrora houve o teste, e as pessoas ficavam amigas por ambas quererem chicletes, ou ambas estarem sozinhas em um show, ou ambas terem se visto tanto que um dia se deram oi e a amizade fluiu! Eu ainda tenho amigos que conheci assim.

Talvez seja esse o bonito do passado: lembrar-se dele envolto em flores. Muitos sabem que tenho um passado tumultuado, que me manteve medos até pouco tempo atrás, mas ele agora me trás apenas flores de memória. Mesmo rico em sordidez, riscos (sim, eu ainda não sei como sobrevivi a minha adolescência) e decisões intomadas, aquele tempo era bem melhor que o atual.

Mas não sei ao certo... aqui fala Kika ou seu Complexo de Peter Pan???